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Conheça tudo sobre o sistema de marchas para bikes

Quando chega o momento de escolher a quantidade de velocidades adequada para suas aventuras em trilhas e também para pedalar no asfalto, surgem questionamentos sobre qual seria a opção ideal para suas necessidades. Será que 21, 30 ou 12 marchas atendem melhor? Existem diversas configurações de sistemas de marchas para bicicletas no mercado, prontas para serem exploradas.

Descubra agora mesmo os detalhes de cada conjunto de marchas, incluindo seus benefícios e limitações!

21v: o mais tradicional dos sistemas de marchas para bikes

Empregado no mountain bike há mais de 20 anos, o sistema de 21 velocidades se caracteriza por transições mais básicas e lentas. Ideal para quem está começando no mundo do MTB ou para apaixonados por passeios urbanos, esses grupos de marchas são a porta de entrada no universo ciclístico, recomendados para quem procura simplicidade.

Eles representam os sistemas tradicionais de marchas para bicicletas básicas. Portanto, se o seu objetivo é aumentar o desempenho, considere explorar grupos mais avançados!

Vantagens

  • Custo acessível;
  • Simples e eficaz;
  • Adequado para diversos tipos de terreno;
  • Notável longevidade.

Desvantagens

  • Necessita manutenção com certa regularidade;
  • Apresenta limitações em terrenos muito íngremes;
  • Realiza mudanças de marcha de forma lenta;
  • Não é o mais indicado para quem busca alto desempenho.

24v: bem simples e versátil

Incorporadas às bicicletas há vários anos, as 24 marchas se destacam no cenário ciclístico devido às suas notáveis vantagens.

Este sistema introduz um cog adicional, facilitando a superação de subidas acentuadas. Grupos de 24 velocidades não só proporcionam um desempenho e resistência superiores, mas também são perfeitamente adequados para aqueles que desejam explorar desde single tracks até amplas estradas de terra.

Vantagens

  • Elevada resistência e durabilidade;
  • Realiza trocas rápidas;
  • Precisão notável nas mudanças de marcha;
  • Custo considerado acessível.

Desvantagens

  • Desempenho ainda limitado em comparação a sistemas mais avançados;
  • Tendência a ser mais pesado;
  • Requer manutenção de forma periódica.

27v: muito funcional para várias modalidades

Os conjuntos de 27 velocidades destacam-se por sua notável versatilidade, situando-se em um ponto intermediário dentre as diversas alternativas disponíveis.

Destinados a mountain bikes de nível intermediário, eles são capazes de adequar-se a qualquer tipo de terreno, embora apresentem certas limitações que podem desencorajar alguns ciclistas de optar por essa configuração.

Vantagens

  • Vasta gama de marchas disponíveis;
  • Elevada durabilidade;
  • Adequado para uma variedade de atividades, como lazer, cross country, cicloturismo e bikepacking.

Desvantagens

  • Mais pesado em comparação a outras opções;
  • Custo elevado;
  • Eficiência reduzida em trilhas extremamente técnicas;
  • Requer manutenções regulares, especialmente se a bicicleta for usada frequentemente.

30v: muitas marchas para alguns usos

Estes sistemas de marchas para bicicletas emergiram inicialmente como a opção definitiva em termos de velocidade para mountain bikes. Contudo, devido à percepção de que ofereciam “marchas demais”, rapidamente caíram em desuso pela maioria dos fabricantes de componentes.

No entanto, são extremamente benéficos para o cicloturismo, já que proporcionam ao ciclista uma ampla variedade de combinações de marchas, essenciais para enfrentar diferentes tipos de terreno.

Vantagens

  • Comparativamente leve;
  • Ideal para viagens de bicicleta e bikepacking;
  • Mudanças de marcha extremamente precisas e rápidas;
  • Elevada resistência;
  • Baixa necessidade de manutenção;
  • Proporciona alto desempenho.

Desvantagens

  • Custa caro;
  • Sua produção vem sendo gradualmente interrompida;
  • Escassez de peças de reposição disponíveis no mercado, como pedivelas.

20v: o meio termo mais atual

Esta abordagem é uma excelente alternativa para bicicletas de aro 29 e para as modalidades de trail e all mountain. A redução no número de marchas simplifica o processo de trocas, além de eliminar o peso adicional das coroas no pedivela.

É uma opção recomendada para ciclistas de todos os níveis, desde o novato até o competidor, pois oferece marchas tanto pesadas quanto leves, adaptando-se a diversas necessidades.

Vantagens

  • Entre os sistemas de marchas, é um dos mais leves disponíveis;
  • Perfeito para bicicletas de aro 29 e para as categorias de enduro, trail, e all mountain;
  • Fácil ajuste;
  • Alta resistência;
  • Alto desempenho;
  • Trocas de marcha rápidas e extremamente precisas.

Desvantagens

  • Alto custo;
  • Necessita de manutenção por profissionais especializados;
  • Peças de reposição não são facilmente encontradas em todas as lojas de bicicletas.

11v: menos marchas e mais eficiência

Atualmente, a tendência em sistemas de marchas para bicicletas aponta para a redução no número de velocidades e a busca por simplicidade, visando potencializar a eficiência do equipamento e tornar a pedalada mais leve.

O sistema de 11 velocidades, com uma única coroa na frente e 11 cogs atrás, prova que é possível enfrentar praticamente qualquer tipo de terreno. Este modelo é perfeito para reduzir o peso da bicicleta e garantir uma estética mais clean.

Vantagens

  • Operação mais intuitiva;
  • Extrema leveza;
  • Facilita as trocas de marchas em qualquer circunstância;
  • Previne o acúmulo de lama na coroa dianteira, eliminando a necessidade de engrenagens e câmbio dianteiro;
  • Adequado para enfrentar desde subidas íngremes até longas retas;
  • Manutenção descomplicada.

Desvantagens

  • Preço elevado;
  • Limita-se às marchas traseiras;
  • Pode resultar na sensação de “faltar marchas” em certos trechos;
  • Não é o mais indicado para cicloturismo ou modalidades que demandam uma ampla gama de combinações de marchas;
  • Requer serviços de mecânicos especializados;
  • Por ser uma inovação relativamente recente, é possível que passe por ajustes em modelos futuros.

12v: uma a mais que faz a diferença

Identificando que o sistema de 11 velocidades não satisfazia completamente as demandas de muitos entusiastas do mountain bike, os desenvolvedores introduziram as 12 velocidades.

Este sistema é considerado o avanço mais recente em termos de quantidade de marchas para mountain bikes, apresentando duas diferenças cruciais em relação ao de 11 velocidades. A primeira grande mudança é a inclusão de uma marcha super leve de 50 dentes. A segunda adaptação é a redução do número de dentes no menor cog, o que resulta em uma velocidade final mais alta.

Estas modificações possibilitam o uso de uma coroa dianteira de tamanho maior sem comprometer a potência ou tornar o pedal demasiadamente pesado nas subidas.

Vantagens

  • Notável leveza;
  • Simplifica o manuseio das marchas, com apenas um trocador e câmbio;
  • Capaz de enfrentar qualquer tipo de terreno;
  • Requer pouca manutenção;
  • Destaca-se por sua precisão e rapidez nas trocas de marchas.

Desvantagens

  • Preço proibitivo para muitos ciclistas;
  • Necessita de um cubo e outros componentes específicos;
  • Manutenção deve ser feita por oficinas especializadas;
  • Peças de reposição com custo elevado, especialmente no Brasil;
  • Como é uma tecnologia ainda recente, pode apresentar falhas que só serão plenamente identificadas e corrigidas com o tempo, à medida que os fabricantes ajustam os detalhes tanto dos problemas crônicos quanto dos agudos.

As empresas líderes no desenvolvimento desses componentes são a Shimano e a Sram, ambas gigantes no universo ciclístico. Essas marcas lançam produtos com certas semelhanças em termos de qualidade e design, porém com mecânicas distintas de funcionamento.

Existe também a opção dos sistemas de marchas eletrônicas para bicicletas, que, embora sejam bastante custosos, são projetados especificamente para alta performance, representando um marco na evolução tecnológica das bicicletas!

Desde os sistemas de marchas mais básicos até os mais avançados, estas marcas disponibilizam uma ampla gama de escolhas. É fundamental realizar uma pesquisa detalhada e experimentar na prática, para descobrir qual sistema melhor se adequa às suas necessidades e estilo de pedalada.

Além dos sistemas de marchas, é importante lembrar que há outros elementos que influenciam significativamente a experiência de pedalada, sem necessariamente envolver a seleção de múltiplos componentes.

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