Quem está chegando agora no universo do ciclismo, já deve ter percebido que existem alguns detalhes que fazem toda a diferença na hora de pedalar. Um deles é a compreensão sobre o que são e como funciona os grupos Sram. Esse elemento está diretamente ligado ao funcionamento de toda a lógica da bicicleta, por isso é importante conhecer.
Em razão disso, preparamos um artigo bem dinâmico, detalhado e, principalmente, didático para que você, ciclista iniciante, possa aprender todos os funcionamentos que envolvem a transmissão da bicicleta, os grupos Sram e suas hierarquias. Pode parecer difícil no começo, mas lhe garantimos que não é.
Com um pouco de paciência e a leitura deste conteúdo, você logo, logo estará dominando completamente o assunto. Pode confiar!
O que é SRAM?
A Sram Corporation é uma marca americana de componentes para bike, sendo atualmente líder no ciclismo. A empresa começou seus negócios em 1987, em Chicago, onde a sede está localizada. Seu nome deriva das iniciais de seus fundadores: Scott, Ray e Sam.
Especializada em inovar com as melhores peças de bike, a Sram possui ótimos componentes como suspensões, freios e demais tecnologias para bicicletas. Porém, o seu carro chefe são as transmissões.
Na batalha comercial, disputa o efervescente mercado do ciclismo com outros dois grandes concorrentes, um japonês e outro italiano: Shimano e Campagnolo. Seu domínio é tal que cobre quase todas as transmissões de bike, abrangendo diferentes modalidades.
Grupos SRAM: como funciona a transmição?
Um grupo é o conjunto de componentes de transmissão que promove a força da bicicleta. Em outras palavras, é ela quem permite colocar a bike em movimento. A sua importância é tanta que o conjunto de transmissão é o segundo fator principal de decisão no momento de compra, ficando atrás apenas do quadro.
É muito comum encontrar bicicletas de fábrica que possuem o conjunto completo somente de uma determinada marca, embora seja fácil encontrar cada um dos componentes de modo separado. Para quem pensa em montar uma bike, pode ser uma boa escolher as peças do jeito que quer e de acordo com o seu orçamento.
Vantagens em montar um grupo de transmissão da mesma marca
Pode ser que a maioria dos ciclistas nem percebam isso, mas uma corrente funcionará melhor em um grupo completo do mesmo nível e marca. Ao contrário, se instalada em um grupo com diferentes fabricantes.
Isso acontece pois, um grupo de transmissão é concebido como um conjunto harmônico de componentes. Eles foram projetados, testados e aprimorados seguindo um mesmo objetivo e com um propósito específico.
Quais são os componentes de um grupo de transmissão?
Os componentes que fazem parte do conjunto de transmissão de força, mudam de acordo com as bicicletas e práticas. Porém, de modo geral, ele é composto por:
Pedivela: conjunto de coroas e pedivelas dianteiras. Elas podem ser compostas por uma única coroa, duas ou três.
Cassete: conjunto de rodas dentadas, engrenagens localizada na área traseira da bike, mais especificamente no cubo. É ele quem permite fazer variações. A quantidade de rodas dentadas no cassete refere-se à velocidade da troca. Por exemplo, um cassete de 12 rodas dentadas faz parte de uma transmissão de 12 velocidades.
Corrente: conjunto de elos e pinos que permite conectar o pedivela dianteiro ao conjunto da roda dentada.
Câmbio dianteiro: responsável pela troca de marcha das coroas, caso o pedivela tenha mais de uma. Para mover a corrente de uma para outra, é preciso ter ele instalado. A SRAM sugere a extinção do câmbio dianteiro para as bicicletas de MTB.
Câmbio traseiro: possui a tarefa de mover a corrente de uma engrenagens para outra.
Alavancas: sua utilização serve como trocadores de marchas.
Hierarquia dos grupos SRAM
A tal da hierarquia dos grupos Sram segue a lógica primeiro dos grupos mais simples. Conforme os avanços tecnológicos, chega até aos grupos que estão no topo de linha. Isso se dá por conta das inovações que sempre acontecem dentro do universo do ciclismo.
Isso vale tanto para as bikes de modalidade MTB e também para as Road, sempre surgem novos componentes, tornando cada vez mais a troca de grupos de transmissão algo bem atrativo.
Grupos SRAM: conheça um por um
Na hierarquia dentro da marca Sram, existe uma divisão entre as bicicletas para MTB e as bicicletas Speed ou, como são chamadas também, Road. Veja abaixo como funciona cada uma.
Hierarquia SRAM para MTB
Linha EAGLE
É da Sram a primeira linha com 12 velocidades para bicicletas específicas para montanhas e trilhas. Ao ser lançada, a linha Eagle foi uma revolução positiva no mercado, trazendo leveza e estabilidade em todos os tipos de terreno. Confira os principais detalhes de cada um deles:
- SX Eagle: grupo total de entrada, foi desenvolvido para quem quer iniciar no pedal e ter um ótimo treino;
- NX Eagle: serve muito bem bicicletas mais simples, sendo um ótimo grupo de componentes básico;
- GX Eagle: de nível intermediário, ele é bem leve e com um ótimo custo benefício;
- X01 Eagle: para ciclistas de nível avançado, dando conta de uma boa performance na modalidade trail;
- X01 Eagle AXS: ideal para bikes mais modernas e robustas. Possui a tecnologia sem fio na passagens das marchas;
- XX1 Eagle: versão clássica, porém de ponta. É totalmente mecânica;
- XX1 Eagle AXS: eletrônico, é fabricado com materiais leves e dispensa frios. Melhor da categoria, é recomendada para quem procura alta performance.
Linhas de 10 e 11 velocidades
Com um conjunto de transmissão totalmente mecânico, as linhas de 10 e 11 velocidades são distribuídas em menor escala. Vale citar cada um dos modelos:
- XX1
- X01
- NX
- GX
- SX
Hierarquia SRAM para ROAD
- Apex: linha de entrada, ela traz uma relação de marchas bem aliviada, ideal para quem está começando. Conta também com o modelo Apex 1, recomendada para quem quer uma gravel bike;
- Rival: linha com o melhor custo-benefício, a Rival traz ótimas tecnologias com o uso de peças mais leves de alumínio. Possui também o modelo Rival 1, onde o diferencial está no pedivela de coroa única, cassete com 42 dentes e potentes freios a disco hidráulicos. Já o modelo Rival AXS torna-se único por conta das 24 velocidades, perfeito para quem busca treinos mais intensos;
- Force: linha mais versátil de todas, o Sram Force é bem vantajoso por conta dos seus modelos de 11 ou 22 velocidades. Ou seja, de forma híbrida ela consegue atender bem diversos tipos de pedais. O modelo Force AXC chega com tudo utilizando as mesmas características do modelo mais básico da linha, porém conta com funcionamento eletrônico;
- Red: a melhor entre todas as linhas, a Red está no topo quando o assunto é desenvolvimento tecnológico. Traz em seus componentes materiais como alumínio, titânio e fibra de carbono, sendo considerado um dos conjuntos mais leves do mercado. No modelo Red eTap, se destaca por ser o primeiro grupo eletrônico sem nenhum fio. Já o outro modelo da linha, Red AXS, oferece definitivamente o que existe de melhor no assunto, exclusivo para alta performance em 24 velocidades.
Para escolher um dentre todos os grupos Sram, vale a pena considerar alguns fatores, como o peso, a durabilidade, o desempenho e recursos adicionais que cada um deles oferece. Assim, será mais tranquila a sua decisão de compra e o sucesso do seu pedal estará garantido.
Está curtindo o nosso conteúdo? Então, se inscreva agora mesmo no canal do Bike Registrada no Youtube e fique por dentro de todas as novidades do ciclismo!
Tenho uma MTB com conjunto Sran SX e já está chegando a HR de trocar vou colocar um grupo melhor da própria marca só que melhor.A única dificuldade é o valor que chegam as peças aqui no Brasil