Entender os detalhes da sua bicicleta é a chave inicial para se tornar íntimo das componentes e nuances que impactam diretamente na sua experiência ao pedalar. Compreender a mecânica das peças permite otimizar cada momento da sua pedalada. Assim, familiarizar-se com cada elemento da bike torna-se crucial, sobretudo para quem está iniciando suas aventuras sobre duas rodas.
Seja um aro de parede dupla, freios a disco (mecânicos ou hidráulicos) ou pneus (de arame ou kevlar), aprofundar-se no conhecimento de cada componente da bicicleta enriquece sua percepção sobre este universo amplo e fascinante. Além de aprimorar o entendimento sobre sua própria bike, isso também equipa você com o conhecimento necessário para fazer escolhas acertadas ao adquirir uma nova ou uma usada.
Neste artigo, vamos mergulhar nas diversas partes da bicicleta, explorando cada uma delas com detalhe. Prepare-se!
Quais são todas as partes da bicicleta?
Quadro
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Feito em aço carbono, alumínio, fibra de carbono ou aço cromo-molibdênio, é a alma de toda bike. É o quadro que une todas as outas partes da bicicleta em uma harmonia que deve fornecer desempenho e equilíbrio.
Suspensão
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Peça que tem funcionamento a mola, ar e óleo ou somente hidráulica, que fica na parte dianteira da bicicleta e garante a estabilidade da bike. Também, é a suspensão que alivia os impactos causados por buracos no terreno ou em saltos.
Garfo rígido
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No mesmo lugar da suspensão, é um garfo rígido que pode ser de aço carbono, alumínio ou fibra de carbono. Sua principal vantagem é que ele é muito mais leve do que a suspensão, e oferece mais desempenho para ganhar velocidades e fazer subidas.
Amortecedor traseiro
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É encontrado só em bicicletas full suspension, ou seja, com suspensão dupla. Funciona para amortecer os impactos na roda traseira, e oferece mais vantagens para pilotar em alta velocidade em descidas e terrenos muito acidentados.
Mesa
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É a peça que segura o guidão à sua frente, e fica acoplada na espiga da suspensão — você não vê esta peça, porque ela fica escondida por espaçadores.
Espaçadores
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São pequenos anéis que ficam abaixo da mesa, e servem para dar o apoio a esta peça, além de esconder a espiga da suspensão.
Guidão
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Uma das partes da bicicleta mais aparentes, é o que garante a pilotagem da bike e sustenta os manetes de freio, manoplas e trocadores de marchas. Guidões podem ser retos, curvados ou de outros designs.
Manoplas
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Funcionam para as suas mãos não escorregarem enquanto seguram o guidão. Podem ser de silicone, espuma, borracha, e têm diversos designs para garantir mais conforto e facilitar a pilotagem em muitos terrenos.
Caixa de direção
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É a peça que fica embutida no quadro, logo abaixo da mesa. Ela pode ser de rolamentos ou de esferas soltas, e permite que você pilote a sua bike com segurança e leveza.
Cabos
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Os cabos de aço fazem toda a conexão entre os trocadores de marchas e os câmbios, os manetes e suas respectivas pinças de freio. Isso vale para os modelos que usam o sistema mecânico — a maior parte das bikes. Há bikes que usam tecnologias eletrônicas de câmbios.
Conduítes
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São por onde os cabos de aço passam, sem correr o risco de se romperem ou ficarem raspando no quadro da bicicleta. Em modelos mais avançados de bicicletas, eles ficam escondidos dentro dos quadros quanto nas bikes mais simples, ficam expostos.
Rodas
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De maneira geral, as rodas de uma bicicleta são compostas de cinco partes. São elas: os aros, os raios, os cubos, as blocagens e os pneus e suas câmaras de ar.
- Aros: são onde os pneus se apoiam e ficam travados: podem ser de alumínio, fibra de carbono, em parede simples ou dupla — saiba tudo sobre aros aqui!
- Fitas de aro: ficam dentro de cada aro e servem para proteger a câmara dos raios de aço;
- Raios: geralmente feitos em aço inox, garantem a sustentação dos aros nos cubos, e dão a firmeza para a roda passar em buracos e não entortar;
- Cubos: são as pequenas peças ao meio das rodas, e compõem os eixos da bike;
- Pneus e câmaras: simples e direto ao ponto, são como as de automóveis, e devem ter sua calibragem respeitada para garantirem bons pedais de passeio e treino;
- Blocagens: são os eixos que travam as rodas ao quadro e dão a praticidade e segurança na medida ideal para pedalar por muitos quilômetros.
Canote
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É o tubo onde o banco — selim — fica apoiado. O canote pode ser feito de alumínio, aço carbono ou fibra de carbono, e tem suas regulagens de altura e inclinação.
Abraçadeira de selim
Tem o mesmo funcionamento das blocagens de roda, e funcionam para segurar o canote ao quadro.
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Selim
Créditos: Pexels
É popularmente chamado de banco da bicicleta, mas, seu nome mesmo é selim. Pode ser de molas, com gel ou só de espuma. Ainda, há modelos específicos para mulheres e outros para homens.
Movimento central
Créditos: Visual Hunt
Também pode ser chamado por caixa de centro ou eixo central, e funciona para dar movimento de girar o pedivela e fazer você pedalar. Existem vários padrões dessa peça, e você pode conhecer todos eles aqui neste post.
Pedivela
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São as duas alavancas em que os pedais ficam instalados, e dão a altura e o ângulo certos para pedalar.
Coroas dianteiras
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Na maioria dos pedivelas, a coroa é instalada separadamente, mas existem modelos que são acoplados ao pedivela. A coroa dianteira é por onde a corrente passa, e pode ser feita de três duas ou uma só engrenagem.
Pedais
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Partes da bicicleta em que você apoia os seus pés e dá os impulsos para a bicicleta sair do lugar e partir para os seus passeios. Podem ser de plástico, aço ou alumínio, com eixos de rolamentos selados ou de esferas soltas.
Corrente
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Como uma corrente de moto, porém, muito mais fina e delicada. Para cada padrão de bike e quantidade de marchas, há uma modelo que é indicado.
Câmbio dianteiro
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Fica instalado no quadro, bem perto da coroa dianteira da bike. Esse câmbio é o responsável por fazer as maiores reduções e aumentos de marchas, colocando a corrente em relações muito leves ou bem pesadas.
Câmbio traseiro
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É a peça que fica perto da roda traseira da bike, e aumenta ou diminui as marchas, de acordo com a necessidade de transpor um terreno ou outro. É o câmbio mais utilizado em vários tipos de bike.
Cassete
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São as partes da bicicleta formadas por engrenagens que ficam encaixadas na roda traseira da bike.
Essa peça é geralmente fabricada em aço, contudo, os modelos topo de linha são feitos inteiramente de alumínio, e podem levar até mesmo o titânio, um metal mais leve e resistente.
Gancheira
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Uma das partes da bicicleta que quase ninguém repara quando compra uma bike, mas, que tem um papel fundamental para que as marchas traseiras funcionem.
Freios
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Eles devem segurar a sua bike em várias situações. Existem diferentes padrões de freios, conheça os principais abaixo:
- Disco: pode ser mecânico ou hidráulico; um disco é instalado ao centro dos cubos, pela parte de fora, e as pinças ficam instaladas no quadro;
- V- brake: quando ele é acionado, fica em formato de “V” ao contrário, e agarra os aros com sapatas de borracha dura;
- Cantilever: padrão mais antigo, com funcionamento por um cabo de aço que é puxado e as duas sapatas de freio encostam nas laterais do aro;
- Ferradura: modelo que se parece com uma ferradura de cavalo, e funciona por cabo de aço; quando é acionado, ele puxa uma alavanca que retrai as duas sapatas de borracha.
Alavancas de câmbio
Créditos: Unsplash
A alavancas de câmbio dão o controle respectivamente: esquerda para câmbio dianteiro e direita para câmbio traseiro.
Cada marca tem seu padrão de sistema patenteado, como o Rapid Fire, que é da Shimano, e o Trigger, que é da Sram.
Manetes de freio
Créditos: Pexels
Os manetes de freio são partes da bicicleta que podem vir em dois padrões, dependendo dos trocadores de marchas instalados na bike.
Um dos modelos é o integrado ao trocador de marcha, e o outro é o separado. Esta segunda versão oferece mais versatilidade, para upgrades de freios e trocadores de marchas.
Quanto mais se conhece sobre algo, mais se descobre que se sabia pouco sobre aquilo. Com a bike é assim, algumas peças e detalhes podem passar despercebidos até para ciclistas veteranos. Então, começar descobrindo o básico das partes da bicicleta é o primeiro passo para não parar de acompanhar as evoluções das magrelas.
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Excelente conteúdo