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Conheça a relação de marchas para MTB

As marchas da bicicleta podem ser grandes aliadas na hora de pedalar e para a prática de MTB, elas são imprescindíveis. Mas você sabe exatamente como escolher qual o tamanho da coroa que precisa utilizar? Aqui neste artigo vamos explicar como calcular, quais os tipos de relação de marchas para MTB, responder como deixar a bike mais leve e outras dúvidas frequentes sobre o assunto.

Saiba o que considerar na relação de marchas para MTB e tenha certeza sobre o que as difere das demais bikes de outras modalidades.

Qual a principal função da relação de marchas para MTB e o que as difere das demais?

A função da marcha depende do sistema de transmissão da bicicleta. As marchas servem para manter uma rotação adequada nos pedais da bike, independente de qual situação você esteja. O processo se inicia na pedivela, peça que encaixa a coroa e os pedais, que é presa à engrenagem, a coroa. A coroa, presa na roda de trás da bike, se movimenta através da corrente.

Então, cada engrenagem é responsável pelo movimento da pedivela, o que faz girar a roda mais ou menos vezes. Essa rotação varia de tamanho, velocidade e peso, se adequando às necessidades do terreno e do objetivo do atleta. Cada situação exige um uso de marcha totalmente diferentes: marchas mais leves e mais pesadas, que podem variar para subidas e descidas de ladeira.

As marchas da bike servem justamente para você manter uma rotação adequada nos pedais da bike. Por isso, você não deve pedalar com relações muito pesadas, porque aí você fará muita força, nem com marchas muito leves, porque você irá pedalar com muita velocidade e não sairá do lugar. O ideal é manter o giro entre 60 e 90 RPM.

Como calcular a relação de marchas para MTB ideal?

Antigamente todos os fabricantes de bikes sustentavam a relação com três coroas para suprir o pequeno número de pinhões disponíveis. Porém agora, com o avanço da tecnologia, temos grupos de até 11 pinhões traseiros, podendo usar duas ou até uma só coroa.

Se você é um ciclista que tende a enfrentar subidas, o ideal é que você tenha uma ampla gama de marchas baixas. A relação entre os números nos Cassetes dianteiros e traseiros, ou conjuntos de grupos, é conhecida como a relação de convidados.

As relações mais baixas permitem pedalar mais rápido, já que a corrente fará voltas menores. Já as relações mais altas ajudam a pedalar mais facilmente nas colinas porque impulsionam a força motriz com mais intensidade.

Para fazer o cálculo da relação das marchas de bicicleta, use essa base:

O resultado dessa conta será o número de voltas que a sua roda traseira dará.

Se quiser aprofundar no cálculo, confere essa matéria que explica exatamente as relações de marchas das bicicletas.

Qual coroa usar no MTB?

As coroas padrão são divididas em 24, 28, 32, 34, 36, 40 e 44 dentes, e a catraca em 9 e 52 dentes. Para saber o valor do giro, as divisões acontecem em máximo e mínimo. Ou seja, o máximo do número de coroa e catraca dividido ou o mínimo do número da coroa e catraca dividido. Esse resultado é a velocidade e o número de voltas.

Exemplo: máximo – coroa de 44, dividido por uma catraca de 14 dentes, resultará em 3,14. Ou seja, uma volta no pedivela dará apenas 3,14 voltas na sua roda. Uma marcha mais pesada.

Se você usar uma bike de aro 26, por exemplo, que possui 48 dentes e um peão de 12 dentes, na divisão resulta em 4. Uma volta na coroa significa 4 voltas na roda traseira. Ou seja, uma bike mais leve.

Que tipo de ciclista é você? A cadência e o condicionamento dependendo do terreno e das intensidades.

É muito importante entender quais são seus objetivos no pedal para que o seu equipamento esteja condizente com o seu nível de treinamento, com o espaço e também com o seu condicionamento físico. Você pode gostar de variar a rotação ou vão desempenhar melhor com giros curtos.

Cada relação de marcha determina a velocidade traseira e frontal. Temos comumente no mercado essas relações: 18, 21,24,27 e 30.

Se formos comparar uma das mais populares, a bike de 21 marchas, possui 3 velocidades dianteiras e 7 velocidades traseiras. A sequência de marchas varia assim:

1-1 / 1-2 / 1-3 /

2-2 / 2-3 / 2-4 / 2-5 / 2-6 /

3-5 / 3-6 / 3-7.

Se você pedala ambientes urbanos, com poucas variações de terreno, que não exige tanta alteração nas marchas, a bike de 21 marchas te atende perfeitamente.

Agora se você busca uma prática de MTB mais competitiva, os modelos 24 e 21 são ideais.

Quanto maior o número de marchas, mais leve será a bike. O modelo 24 marchas possui 3 velocidades dianteiras e 8 velocidades traseiras, possibilitando maior leveza na sua marcha inicial, que varia de 1-1 a 3-8. Já a bike de 21 será mais leve por ter mais leveza na primeira marcha.

Como deixar a bicicleta mais leve na subida?

Considerando apenas as marchas a qual este artigo se propõe, o ideal é que você use uma pedivela com apenas uma coroa para deixar mais leve. Caso queira manter o número de marchas, acrescente uma marcha extra no cassete traseiro.

Para maiores detalhes, confira nossa matéria exclusiva sobre como deixar a bicicleta mais leve na subida.

Qual a diferença entre 18 e 21 marchas?

A maior diferença é o número de coroas. Ou seja uma terá 6 e a outra 7 velocidades de trás, multiplicadas por 3 na frente.

Outra diferença é que, na relação de 21 marchas, na quarta coroa, o movimento é mais leve. Enquanto na de 18, logo fica pesado. Porém a com 21 andará menos que a com 18 marchas.

Para aprofundar o assunto, assista a essa explicação técnica.

Qual a diferença entre coroa única, coroa dupla e coroa tripla?

  • Coroa única: simplicidade na mudança de marchas
  • Coroa dupla: troca de marcha muito mais simples, escolha eficientes e engrenagens maiores.
  • Coroa tripla: mais leve no asfalto porém apresenta mais dificuldade para trocar com velocidade. É ideal para asfalto e cicloviagem.

Qual o seu equipamento ideal?

Se você é do tipo ciclista urbano, recomendamos o uso de 2 coroas ou 3 para que você tenha grandes utilizará a bicicleta: se o uso é mais urbano, recomendaria ter no mínimo 2 coroas, preferencialmente 3 para todas as situações sem grandes variações (no mínimo 2×10 ou 3×8; coroa x cassete).

Se você irá treinar ou competir, considere uma única coroa, 1×10 ou 1×11. Mas tenha em mente que fará mais esforço em subidas e descidas íngremes. Outras bikes de competição também possuem duas coroas, como a 2×10 e a 2×11.

Se você é iniciante, não tem problema algum usar uma coroa pequena para os treinos.

Agora que você já sabe a qual a SUA relação de marchas ideal para MTB, não deixe de se inscrever no seguro bike registrada. Está na hora de evoluir nos treinos!

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