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Tubeless: O que é, pra que serve, como usar

O universo do ciclismo tem se renovado constantemente, trazendo avanços tecnológicos destinados a aprimorar a experiência dos entusiastas do esporte. Os pneus tubeless representam uma dessas inovações revolucionárias que têm alterado profundamente a forma de pedalar.

Entendemos que adaptar-se a essas novidades tecnológicas nem sempre é simples. A hesitação em adotar novidades pode, muitas vezes, ser atribuída à falta de um entendimento aprofundado sobre o assunto. Por isso, nosso objetivo é esclarecer de forma completa os aspectos cruciais para aqueles que desejam explorar e, possivelmente, fazer a transição para o sistema tubeless.

Tubeless: o que é?

Antes de prosseguirmos, é fundamental compreender o significado do termo. Tubeless deriva do inglês “tube”, que significa câmara interna, e “less”, uma preposição que se traduz como sem. Portanto, tubeless são pneus que não contêm câmara de ar.

Em comparação com os pneus tradicionais, o tubeless apresenta uma configuração distinta e singular. Devido à ausência de câmara de ar, ele requer uma cobertura externa robusta. A estrutura é reforçada por uma combinação de componentes de borracha e aço, proporcionando a resistência essencial para suportar a pressão do ar.

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Para que serve o tubeless

Em resumo, adotar o pneu tubeless oferece diversas vantagens, incluindo a possibilidade de alcançar uma alta performance devido à redução de peso proporcionada pela ausência da câmara de ar. Além disso, há a conveniência prática, pois com a aplicação adequada de selante, os furos durante o trajeto deixam de ser uma preocupação.

Contudo, conforme exploraremos mais adiante na lista de benefícios principais, as vantagens do tubeless estendem-se muito além desses pontos.

Como usar o pneu tubeless

Devido à sua configuração única, é possível distinguir se um pneu é tubeless ou não, uma vez que ele tende a ser consideravelmente mais flexível. Normalmente, a lateral do pneu exibe a inscrição “tubeless”, facilitando sua identificação.

O mesmo se aplica aos aros. Na estrutura dos aros, frequentemente encontram-se inscrições como “radial tubeless” ou “tubeless ready”, sinalizando que estão preparados para segurar o selante de forma eficaz.

Selante

Sem um selante de qualidade, a tecnologia tubeless não alcança seu pleno funcionamento. O uso do selante é crucial para garantir bons resultados. Este produto tem uma composição líquida à base de látex.

Ele é o responsável por agir de forma rápida para reter o ar e reparar a estrutura do pneu em caso de furos. A aplicação do selante pode ser realizada de duas maneiras: através da válvula ou diretamente pela lateral do pneu.

Conversão

Após conferir a compatibilidade do aro, é a hora de fazer a conversão para tubeless. Para isso será necessário:

  • álcool isopropílico;
  • Válvula especial para tubeless;
  • fita de aro;
  • seringa para selante (caso prefira);
  • selante.

Primeiramente, retire o pneu com cuidado para não danificar o aro. Utilize o álcool isopropílico na própria estrutura do aro, deixando agir por cerca de 10 minutos. Depois, aplique a fita. O ideal é que ela esteja centralizada. Evite deixá-la enrugada. Com a ajuda de uma faca, faça um furo no local exato da válvula.

Após o procedimento, comece a instalação do pneu e encha de acordo com as recomendações do fabricante. Depois esvazie e inicie o processo de aplicação do selante.

Com uma seringa ou o próprio frasco do produto, introduza a quantidade e as práticas recomendadas pelo fabricante, mantendo a posição do pneu. Posteriormente, encha o pneu com uma bomba de alta pressão e verifique se o selante está devidamente distribuído, girando a roda.

Quando deve ser trocado?

A lógica é a mesma de um pneu comum. Quanto mais você usar o seu pneu, mais rápido terá que trocar. O mesmo se aplica ao selante, que vai naturalmente acabando conforme o uso.

Normalmente é possível perceber quais furos foram vedados pelo produto, pois o processo gera uma pequena elevação para fora da borracha. Lá pelo terceiro mês, fique de olho para perceber se existem muitos. Se a resposta for positiva, chegou a hora de trocar o selante.

O tempo máximo de permanência do selante no pneu não deve passar de 6 meses. E outra importante recomendação é de que, mesmo que a bicicleta não seja usada com tanta frequência, ainda assim o produto deve ser trocado.

Não se esqueça de que a manutenção vai garantir a eficácia da tecnologia. Para trocar o selante é preciso abrir o pneu e retirar o antigo, que estará já seco. Não se esqueça de que é necessário raspar completamente o produto, para só depois aplicar o novo.

Vantagens e desvantagens

tubeless

Reunimos em um só lugar alguns dos pontos positivos e negativos de usar o pneu tubeless. Assim será mais fácil decidir se chegou a hora de você aderir ao movimento de conversão.

Prós

Os benefícios da instalação do tubeless são:

Adeus, furos!

Pedras, pregos, vidros — nada disso representa um problema para quem tem tubeless em sua bike. Para se ter uma ideia, em quase todos os casos, o ciclista sequer percebe um furo, pois a proteção efetiva garante resistência contra perfurações de até 3mm.

Aumenta a aderência do pneu

Devido à possibilidade de usar uma pressão mais baixa, não é necessário manter o pneu muito inflado, o que resulta em maior aderência ao solo. Essa característica é especialmente perceptível para quem pedala em terrenos instáveis, como estradas e, principalmente, trilhas, onde a diferença se torna notavelmente apreciável.

Redução de peso

Essencial para competidores, a menor necessidade de calibragem torna a bicicleta significativamente mais leve. Isso se traduz em uma performance mais ágil e, quem sabe, uma posição de destaque no pódio.

Contras

Realmente são muito poucas as desvantagens do uso do tubeless, ainda assim elas existem:

Manutenção

É importante reconhecer que a instalação e manutenção do pneu tubeless demandam mais trabalho. A limpeza interna do pneu também deve ser regular para evitar problemas.

O selante antigo pode perder suas propriedades de vedação e acumular-se dentro do pneu, formando uma massa de látex que, por ser pesada, pode desbalancear a roda devido ao peso rotacional.

Menor durabilidade em ambientes secos

Nas regiões mais quentes e secas do Brasil, o selante tende a secar mais rapidamente, exigindo renovações mais frequentes. É recomendável verificar regularmente se o selante está líquido e circulando adequadamente dentro do pneu.

Alto custo

Comparado aos pneus convencionais com câmara de ar, o investimento inicial e a manutenção do tubeless podem surpreender aqueles menos familiarizados com o sistema.

Apesar do mercado já estar bem fornecido com opções nacionais e importadas, o custo continua sendo uma das principais barreiras para muitos usuários.

Como é um investimento alto, nada melhor do que ter a proteção junto a você. O seguro da Bike Registrada possui cobertura para roubo e furto qualificado em três diferentes planos. A contratação é simples, rápida e sem burocracia.

Vocês pensam em instalar o tubeless ou já fazem uso da tecnologia? Compartilhe com a gente a sua experiência. Conte para nós aqui nos comentários!

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