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Tour de Fred: O que ele nos ensinou sobre bikes elétricas

Você deve ter visto em suas redes sociais, no grupo de pedal no zap, ou mesmo na TV. A “Tour do Fred” de bike entre estados, que o jogador de futebol Fred fez, trouxe à mesa o assunto da bicicleta elétrica. A ação social levantou debates na web, que tanto colocavam esse meio de transporte como alternativa como também a depreciavam.

No país do futebol, parece que o melhor caminho para ações que querem vender algum conceito, ou mesmo promover algo extremamente importante, é usar a figura dos jogadores. E não há nada de errado nisso, afinal, se é para divulgar algo bom para as pessoas, porque o uso da imagem de um jogador deveria ser excluído?

Mas afinal, como o case Fred e bike elétrica prova que quem criticou a ação e a bike, muitas vezes desconhece o conceito das bicicletas elétricas e ignora o gesto. E a consequência é perder de vista as vantagens desse transporte.

Antes de tomar um lado, você deve entender o contexto da ação do jogador, seus detalhes e como a bike elétrica, diferente do que muitos dizem, faz você pedalar sim. Neste post, discorremos sobre o assunto, ponto a ponto, contando tudo sobre o case e as vantagens das bikes elétricas!

O que foi o “Tour do Fred”?

Foi uma travessia de Minas Gerais ao Rio de Janeiro. Mais de 600 quilômetros entre as capitais de cada estado, percorridos em 5 dias, e com muito suor. E o resultado foi atingido.

A ação do Fluminense FC com a marca Sense, que cedeu um de seus modelos de bikes elétricas ao atleta, realizou a entrega de mais de 50 toneladas de cestas básicas a famílias carentes (sim, foi bruto, a conta não é em números, mas em quilos!)

 

Não contentes, ação foi além e promoveu leilões com as camisas e a bike que o jogador usou durante o percurso, para reverter o valor em mais auxílios às comunidades.

Ou seja, uma ação de sucesso. Especialmente pensando que Fred percorreu subidas e descidas, terrenos acidentados e muitos obstáculos, mesmo com várias lesões pelos músculos.

Aos 37 anos, o jogador concluiu um trajeto digno de uma cicloviagem daquelas cheias de bolsas, mochilas e muito pedal. Sim, o atleta pedalou, pois, não é porque uma bike é elétrica, que não é preciso pedalar.

Quais foram as críticas à ação?

“A farsa”, “assim é fácil”, “com o valor dessa bike eu compro uma moto zero”. Estas e outras frases que em nada são construtivas, recheiam as abas de comentários dos sites de esporte que trazem matérias sobre esse case. Mas, o que elas refletem?

Não dá para ser fiel e nem adivinhar o que as pessoas pensam a respeito da ação do Fred e do conjunto que está incluso no pacote. Mas, a partir dessas falas, é possível perceber que há uma falta de cultura de bike no Brasil. E que diversas pessoas ainda associam a vantagem do motor elétrico, ao “qualquer um poderia fazer o mesmo”.

Ledo engano. 600km de bike não é para qualquer um. Até mesmo ciclistas profissionais precisam se preparar longos meses para trajetos extensos como o que o jogador fez.

E se muitos acham que a bike elétrica vai facilitar todo o percurso, há algumas variáveis que poucos colocam à mesa, na hora de criticar.

Quais são os desafios de pedalar em uma bike elétrica?

Uma delas é o peso extra da bateria e do motor na roda traseira, que se somam ao restante da bike. Qualquer pessoa que se propor a pedalar de bike elétrica, terá que levar, em média, os 20kg que ela pesa, em todos os terrenos.

Além disso, o clima, o suor, o gasto de energia do corpo e as pausas para descanso farão parte do trajeto. E isso não é exclusividade de bikes mecânicas.

 

O modelo de bike que o jogador usou, funciona por pedal assistido, ou seja, é preciso pedalar para que o motor entre em ação, e no só acelerar ou dar dois giros que o circuito faz o resto.

Ou seja, não há escapatória, pedalar de bike elétrica é duro também. O que acontece é que há uma ajuda, mas o principal motor nessa história, são as pernas de quem está sob o selim.

Por que a bike elétrica é uma opção para qualquer pessoa?

Diante de ação do jogador Fred com a marca de bikes, e do feito do percurso, o que você deve saber sobre bikes elétricas?

Torna a bike acessível a deficientes físicos e pessoas com dificuldade de mobilidade

A bike elétrica é um modal que provou, muito antes de o jogador sair às ruas em meio a pandemia, ser uma porta de entrada para pessoas com deficiência ou restrições de mobilidade, nos esportes.

No caso do jogador, que tem diversas rupturas no joelho direito, torções nos tornozelos, entre outras lesões pelo corpo, não dá para negar que foi o modelo que possibilitou a ele, fazer um trajeto — que convenhamos — não foi fácil.

É um transporte eficiente

A bike elétrica traz todas as vantagens de uma bike comum, sem motor, com o diferencial de acoplar essa peça e funcionar com o pedal assistido. Módulo em que é preciso pedalar para que o motor entre em ação.

Isso faz da bike elétrica um transporte eficiente em dias em que o cansaço vem à tona, ou mesmo quando uma subida parede impossível de ser vencida. Sem contar uma bike elétrica básica tem autonomia de, no mínimo, 20km — uma boa volta, não?

Garante economia

A curto prazo, você até pode argumentar que uma bike elétrica vai te custar o olho da cara, mas a médio e longo prazo, quanto ela vai trazer de economia? Você já imaginou?

Sem precisar de combustíveis, isenta de IPVA, emplacamento e com um custo de manutenção comparável ao de bikes sem motor — suas peças mecânicas são iguais a outras bikes. Todo esse combo, vai fazer uma economia anual, daquelas.

Tem fácil manutenção

As bikes elétricas vêm, basicamente, com as mesmas peças mecânicas de bikes sem motor, como câmbios, trocadores, corrente, pedivela, pedal e suspensão. Logo, a manutenção dessas partes é simples e, se você souber ou mesmo quiser aprender a fazer a sua própria manutenção, poderá tornar essa parte mais prática e barata.

Oferece alta durabilidade

As bikes elétricas mais recentes trazem tecnologias de bateria e motor, assim como suas outras partes, muito mais duráveis do que os primeiros modelos que chegaram ao Brasil.

E quanto melhor o modelo, mais ela tende a ter uma autonomia de bateria melhor, tempo de vida útil e peças melhores. Combo que contribui para fazê-la um bem muito durável, que provavelmente vai te acompanhar por muitos e muitos anos, sem problemas.

É alternativa de transporte

Isso ela já era desde que começou a ser produzida. Mas, especialmente pensando em um cenário de pandemia que vivemos, a bike elétrica se torna um transporte ainda mais seguro do que antes.

Uma vez que apenas uma pessoa pilota a bike para cima e para baixo, ela se torna de uso pessoal, evitando o contato com o transporte público. E trajetos mais longos podem ser feitos com o modelo elétrico, sem o risco de se chegar suado ao escritório, ou a outro local.

Além do mais, se você quiser fazer uma compra pequena em uma feira ou supermercado, a bike elétrica vai te atender bem. Já que o peso da carga não será um problema para as suas pernas auxiliadas pelo motor.

Ainda que as críticas ao “Tour do Fred” e ao que envolveu a ação, tenham sido bastante dirigidas ao uso de uma bike elétrica, a iniciativa fez por merecer. Tanto o jogador quanto a empresa de bikes, e à equipe, fizeram algo nobre.

E que o “Tour do Fred” ajudou a trazer o tema de bikes elétricas e da bicicleta em geral, isso ele ajudou. Cabe a cada um extrair a melhor lição que essa história deixou.

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Foto de capa : GE – Globo Esporte

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