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Mountain bike: Acidentes comuns em trilhas e como evitá-los

Precisamos falar sobre segurança. É verdade que muitos de nossos artigos tratam do tema de forma ampla, mas hoje queremos trazer algo ainda mais específico: vamos falar dos acidentes mais comuns que afetam os praticantes de mountain bike. E, claro, passar dicas de como evitá-los ou, em última análise, como fazer para encarar esse tipo de ocorrência. Boa leitura!

Por que mountain bike?

Embora qualquer ciclista esteja sujeito a quedas e outros tipos de acidente, os adeptos das trilhas são os mais propensos a sofrer com esse problema. Isso devido às características específicas do percurso e os desafios associados.

Subidas e descidas íngremes, irregularidades no piso, pedras e outros obstáculos não são raros na rotina dos trilheiros. Por isso, o número de acidentes nessa modalidade ser proporcionalmente bem maior do que os que afetam ciclistas de estrada e urbanos. Os danos à integridade física também são maiores nos praticantes de mountain bike.

Quais as causas mais comuns de acidentes?

Há alguns tipos de acidente que ocorrem em todas as modalidades, enquanto outros afetam com maior frequência quem se dedica às trilhas. A seguir, listamos os principais motivos para quedas de quem optou pela mountain bike. Algumas vezes é uma combinação desses fatores que provoca o acidente.

Irregularidades na trilha

Estamos falando de terrenos que, por natureza, são irregulares. Além disso, as mudanças causadas pelas alterações climáticas (chuva, vento etc.) fazem surgir mudanças na pista que surpreendem e podem derrubar os ciclistas menos cuidadosos.

Basta uma pedra descoberta, um buraco que “não existia” quando você fez a mesma trilha há pouco tempo ou um galho caído e pronto: o tombo é praticamente certo, mesmo para ciclistas mais experientes.

Curvas perigosas

Nas trilhas, nem sempre é possível prever a intensidade exata de uma curva. Aliado a isso, a inclinação do terreno pode tornar uma curva aparentemente suave em um verdadeiro obstáculo.

Por fim, piso molhado, areia ou cascalho e até o uso incorreto de freios e da posição do ciclista ao realizar a curva são motivos mais que suficientes para acabar no chão.

Desatenção e imprudência

Esse perigo costuma acontecer mais rotineiramente com quem acha que a experiência é suficiente para garantir a segurança do pedal em qualquer condição.

Acontece que as trilhas podem ser traiçoeiras. Como já dissemos, são comuns alterações no percurso e o excesso de confiança. Nesse caso, pode ser a receita exata para a queda. E, não é raro que alguns ciclistas pedalem de cabeça baixa, seja por desatenção ou ainda cansaço, o que naturalmente amplia os riscos.

Além disso, manobras arriscadas, ultrapassagens sem a devida sinalização e velocidade acima da recomendada são a receita para aumentar as chances de acidentes com mountain bike.

Falta de equipamentos de segurança

Outra causa comum de acidentes que pode ocorrer em qualquer modalidade, mas é maximizada quando falamos em mountain bike. Capacetes, luvas, sinalização e iluminação adequadas, mais do que “acessórios”, são itens de segurança essenciais.

Como evitar os acidentes em mountain bike?

Com base nas causas listadas, não é muito difícil concluir pelas boas práticas que ajudam a evitar acidentes. Primeiro, atenção e cuidado redobrados, tendo em mente que a trilha é única a cada vez que é realizada. Depois, é importante dedicar tempo para uma boa preparação do equipamento, revisando a bike e todos os acessórios.

Por fim, o ciclista de mountain bike deve cuidar também do próprio corpo, realizando alongamentos e condicionamento físico. Também deve prestar atenção à alimentação e hidratação adequados ao percurso que se pretende realizar.

Homem em plano geral em bicicleta ao ar livre

Caí. E agora?

Dizem por aí que quem pedala faz parte de um de dois grupos: os que já caíram da bike ou os que ainda vão cair. E que isso independe da habilidade e atenção, que ajudam a minimizar os riscos, mas não conseguem eliminá-los totalmente.

A principal dica, em caso de queda, é manter a calma. Tente fazer uma avaliação criteriosa do seu estado geral, evitando movimentos bruscos antes de ter certeza que não se feriu com gravidade. Se estiver pedalando em grupo, espere pela ajuda de outras pessoas.

Caso esteja sozinho — o que não é recomendável para ciclistas de trilha — e a situação for crítica, procure se comunicar por telefone, pedindo ajuda. Para isso, tenha consigo os números de atendimento de emergência em sua cidade (municípios com mais de 150 mil habitantes podem contar com o SAMU, que atende pelo número 192).

Caso a ocorrência não seja com você, procure sinalizar o local, evitando também que o acidentado se movimente. Depois, coordene os procedimentos para solicitação de socorro, caso entenda necessário.

Se o acidentado levantar por conta própria e desejar voltar ao pedal, certifique-se por meio de um exame visual que ele não possui fraturas aparentes ou cortes profundos. Por fim, solicite que ele diga seu nome, abra e feche as mãos e dê alguns passos, mostrando que está em plena consciência e controle dos movimentos. Se ficar em dúvida, não permita a continuação da trilha e acione o resgate.

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