O freio a disco vem ganhando espaço nas bicicletas, tanto nas de MTB quanto nas de estrada. Favorito entre muitos ciclistas, esse sistema de freio oferece diversas vantagens, melhorando significativamente a segurança na hora de frear.
Se está considerando adotar essa tecnologia, há certos aspectos que você deve avaliar. Preparamos um guia completo para que você possa compreender todos os detalhes sobre o freio a disco. Confira!
O que é e como funciona o freio a disco para bike?
O freio a disco opera por meio de discos que são acoplados à roda durante a frenagem. De modo simplificado, esses discos estão montados nos cubos das rodas traseiras e dianteiras, servindo como fundamento para o processo de frenagem.
Há dois tipos principais de freio a disco: o mecânico, que funciona através de um cabo, e o hidráulico, que utiliza óleo para o acionamento.
Freio a disco mecânico
Neste sistema, o freio é acionado por meio de um cabo. Ao acionar o manete, o cabo ligado à pinça de freio é tensionado. Isso faz com que ele mova o pistão, que então pressiona a pastilha de freio contra o disco, gerando atrito e reduzindo a velocidade da bicicleta.
O pistão pressiona somente uma das pastilhas, fazendo com que o disco seja empurrado em direção à outra pastilha. Portanto, esse sistema só operará de forma segura se estiver corretamente ajustado; caso contrário, uma pastilha pode não entrar em contato adequadamente com a outra, comprometendo a eficácia da frenagem.
Freio a disco hidráulico
Neste sistema, o acionamento ocorre através do óleo. Ao acionar o manete, o óleo é forçado através de uma mangueira, movimentando os pistões que, por sua vez, empurram as pastilhas contra o disco, ativando a frenagem.
O sistema hidráulico utiliza dois pistões para mover as pastilhas. No entanto, há modelos com mais pistões, oferecendo uma capacidade de frenagem ainda mais potente.
Os freios hidráulicos são mais rápidos, precisos e sensíveis, mas requerem uma manutenção mais complexa. Por outro lado, os freios mecânicos, embora demandem manutenções mais simples, necessitam de ajustes precisos e frequentes.
Quais as vantagens do freio a disco?
Ainda está em dúvida sobre por que optar pelo freio a disco? Ele oferece várias vantagens significativas:
- Como o freio a disco não entra em contato com o aro, mesmo se o aro empenar ou amassar, o freio não travará a roda, permitindo que você continue pedalando até realizar o conserto;
- A ausência de contato com o aro também contribui para aumentar a vida útil do mesmo;
- Posicionado longe do centro da roda, o freio a disco tem menos exposição à água e à lama;
- A disponibilidade de discos em diferentes tamanhos permite ajustes na força, modulação e peso do freio, adequando-se a diversas situações ou preferências do ciclista;
- Nos aros de carbono das bicicletas speed, não ocorrem problemas de delaminação devido a altas temperaturas;
- Além disso, nas bicicletas speed com aros de carbono, a eficácia da frenagem se mantém mesmo em dias chuvosos, sem perda de potência.
Como escolher o freio a disco para bike?
Ao escolher o freio a disco para sua bicicleta, é crucial considerar alguns aspectos para fazer uma escolha acertada.
Primeiramente, reflita sobre o tipo de pedalada que você pratica. No MTB, o freio a disco hidráulico é amplamente utilizado, principalmente porque mantém sua eficácia em condições adversas, como trilhas, lama e terra, garantindo maior segurança durante o pedal.
Embora muitos ciclistas de estrada ainda prefiram o tradicional freio ferradura, o freio a disco é consideravelmente mais eficaz, proporcionando maior segurança, especialmente nas altas velocidades alcançadas por estes ciclistas.
Tamanho do disco
Ao explorar as opções de freios a disco, você notará que eles vêm em diversos tamanhos. Geralmente, quanto maior o disco, maior a segurança, oferecendo uma frenagem mais precisa, menor risco de superaquecimento e uma modulação mais eficiente.
No entanto, para pedaladas em trilhas, um disco maior pode ser mais exposto e também mais difícil de ajustar. Discos grandes podem ter maior tendência a empenar, o que pode causar atrito frequente com as pastilhas.
Portanto, é fundamental ponderar suas necessidades. Se a segurança é sua prioridade, opte por um disco maior.
Mas lembre-se, cada quadro de bicicleta tem um limite para o tamanho do disco. Por exemplo, as bikes 29 geralmente comportam freios com 180 mm na frente e 160 mm atrás.
Outros aspectos importantes a considerar incluem:
- Peso: Ciclistas acima de 90kg devem preferir discos maiores (180mm na frente e 160mm atrás);
- Modalidade: Em cross country e provas rápidas, discos de 160mm tanto na frente quanto atrás são comuns. Para economizar peso, alguns ciclistas optam por 140 mm atrás. Em modalidades com mais descidas, discos de até 200mm na frente são recomendados;
- Estilo de pedalada: Aqueles que são apaixonados por downhill devem escolher rotores maiores e mais precisos (180mm – 200mm). Para XCO e subidas, a redução de peso é crucial, então discos menores podem ser ideais. Para quem pedala aos finais de semana, sem grandes ambições competitivas, discos maiores podem garantir um pedal mais seguro.
Pastilhas de freio
A escolha correta da pastilha de freio é indispensável para uma frenagem adequada e segura. Atualmente, você encontra duas opções: sinterizada (metálica) e orgânica (resinada).
Sinterizadas
A sinterização é um processo em que materiais metálicos (como aço, bronze, cobre) ou semi-metálicos (como cerâmica, grafite) são compactados sob pressão e expostos a temperaturas altas, mas um pouco inferiores à sua temperatura de fusão. Isso resulta em uma peça sólida e coesa.
As pastilhas sinterizadas utilizam componentes metálicos em sua composição, sendo mais resistentes e duráveis. Elas são mais abrasivas, gerando mais calor durante a frenagem e possuem um coeficiente de fricção elevado.
Os pontos positivos dessas pastilhas incluem: excelente desempenho em condições úmidas e dias chuvosos, além de serem mais resistentes a altas temperaturas durante frenagens prolongadas.
No entanto, os pontos negativos são: tendem a ser ruidosas, exigem um espaço maior para frenagem e apresentam menor modulação na frenagem.
Orgânicas
As pastilhas de freio orgânicas utilizam resinas sintéticas em vez de elementos metálicos. Isso significa que elas não contêm partículas metálicas, aquecendo menos que as pastilhas sinterizadas, o que permite uma maior regularidade nas frenagens prolongadas.
Além disso, são menos abrasivas para os discos de freio, mas apresentam uma durabilidade reduzida. Após a instalação, essas pastilhas requerem um período de “queima” mais longo, cerca de 20 a 30 frenagens fortes, antes de atingirem a eficiência máxima.
Os pontos positivos incluem: menor espaço necessário para frenagem, maior eficiência em frenagens leves e são mais silenciosas. Os contras, por outro lado, são a baixa durabilidade e a pouca eficiência em condições de chuva e lama.
De forma geral, as pastilhas orgânicas são mais adequadas para modalidades em que as exigências máximas de frenagem são menos frequentes, como no cross country e ciclismo de estrada. Elas também são uma boa escolha para ciclistas mais leves.
Montagem
De forma geral, existem dois tipos de montagem para os freios a disco: IS e Post Mount.
No sistema IS, a pinça é fixada lateralmente e, em muitos casos, necessita de um adaptador de montagem. Os parafusos atravessam furos nos suportes do garfo, do quadro ou da suspensão.
No sistema Post Mount, por outro lado, a pinça é parafusada de frente (longitudinalmente à bicicleta), alinhando as forças de frenagem com a direção dos parafusos de fixação, o que resulta em menos tensão sobre o suporte. A instalação é facilitada porque os furos na pinça são ovalados, permitindo um posicionamento mais simples e centralizado da pinça, dispensando o uso de arruelas.
Contudo, neste sistema, as roscas que recebem os parafusos estão localizadas no quadro, na suspensão ou no garfo e podem ser danificadas por excesso de aperto.
Óleo
Na escolha do óleo mineral para freios hidráulicos, é essencial considerar as preferências individuais dos ciclistas.
O fluído DOT se destaca por ter um ponto de ebulição mais alto, o que resulta em menor transmissão de calor durante o uso. No entanto, ele é bastante corrosivo, podendo danificar diversos componentes da bicicleta, incluindo a pintura, e existe também o risco de causar irritações na pele. Além disso, esse tipo de óleo precisa ser trocado com mais frequência devido à sua capacidade de absorver água.
Por outro lado, o óleo mineral é mais suscetível a variações de temperatura, expandindo-se mais notavelmente que o DOT. Contudo, ele tem a vantagem de não ser tóxico, não ser corrosivo e de não absorver água.
Agora você está por dentro de tudo sobre o freio a disco e como escolher o melhor para sua bicicleta! Gostou das informações? Ficou com alguma dúvida? Deixe um comentário para nós!
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